quarta-feira, 31 de julho de 2013

Evento: "Oitenta anos da demolição da Igreja da Sé"

Galera evento lá em Salvador que Greciane do Arqueologia e Imagem me passou. Aproveito para inteirar o apoio que eles estão dando ao nosso trabalho e dizer que não chequem só evento aproveitem e chequem o blog. Vale a Pena!

 

quarta-feira, 31 de julho de 2013


O Museu de Arte da Bahia promove dia 8 de agosto, às 17 horas, a mesa redonda “Oitenta anos da demolição da Igreja da Sé”. O encontro faz parte das comemorações pelos 95 anos do MAB e traz a participação dos professores Fernando da Rocha Peres, Antonio Heliodoro Sampaio e Pedro de Almeida Vasconcelos. Integra a programação uma exposicão de fotos com interiores da Sé e pinturas de artistas baianos, como Mendonça Filho e Esperidião Matos, ilustrativas da Igreja, além de um fragmento de frontispício da cidade da Bahia, no século XIX, de autoria de Floro Freire. 

A inscrição é gratuita e deve ser feita pelo email mab.asscom@gmail.com.

Museu de Arte da Bahia
Av. 7 de Setembro, 2340 - Vitória, Salvador/BA
Mais informações: 71 3117 6902


Fonte: https://www.facebook.com/InstitutoHistoricoDaBahia?ref=ts&fref=ts

Eu quero ser arqueólogo! E daí? Parte II




Olá leitores do Para Arkeólogos. Trouxemos a vocês mais uma pérola. A segunda parte da série “Eu quero ser arqueólogo! E daí?” Dessa vez invés de falarmos sobre os cursos, entrevistamos alguém que é graduado em Arqueologia pela UFS e trabalha na área para poder “trocar uma ideia com a gente”. O ideal dessas séries é acima de tudo fornecer informação e tentar desmistificar algumas coisas sobre Arqueologia. Se você perdeu a primeira parte ai vai o link:Eu quero se arqueólogo! E daí? Parte I.


Antes de você ir lendo deixe-me explicar como aconteceu. Eu entrei em contato com nosso entrevistado que é uma pessoa tido como um exemplo dentro da UFS por ter sido um dos primeiros alunos a sair da graduação e trabalhar na área conseguindo se estabelecer profissionalmente. E obviamente ele topou fazer essa entrevista. Caso contrário você não estaria lendo. Enfim...


A entrevista funcionou da seguinte maneira. Eu enviei a ele algumas perguntas referente a curiosidades, rumores, expectativas de algumas pessoas (devo confessar que eu também!) que estão na graduação, ou que creio, seriam interessantes a pessoas que estão querendo informação sobre a profissão, principalmente no que se refere a mercado de trabalho. Deixarei que ele mesmo faça as honras de se apresentar e “dialogar” com vocês. Abaixo segue a entrevista na integra:

 Você poderia se identificar, dizer de onde você é, onde estudou e seu passado?
Resp:
Olá pessoal, meu nome é Adriano Santos, sou bacharel em Arqueologia e atualmente estou trabalhando para uma grande empresa de consultorias arqueológicas. Nasci em Santos – SP em 1988 e aos 10 anos de idade migrei para Sergipe, morando na cidade de Umbaúba, onde eu finalizei os ensinos fundamental e médio. Em 2008 fui aprovado no vestibular para o curso de Arqueologia da Universidade Federal de Sergipe – UFS, depois da aprovação mudei para Aracaju e lá residi por 4 anos. Ao final do ano de 2011 conclui minha graduação, tendo apresentado a monografia intitulada "A Arqueologia como Instrumento Social para Reconstrução de Memórias: Possibilidades de Estudos no Estado de Sergipe", onde eu faço abordagens sobre as possibilidades de estudar as ações da repressão militar em solo sergipano, utilizando como ferramenta para tais estudos a Arqueologia da Repressão. Desde o inicio de 2012 venho atuando como arqueólogo em um projeto de grande porte no estado de Pernambuco.

Adriano Santos


Por que você escolheu seguir a profissão de arqueólogo?
Resp:
Alguns colegas, contemporâneos ao meu ingresso no curso de Arqueologia, recriminavam e achavam isso uma heresia, mas a verdade é que alguns, assim como eu, ingressaram na Arqueologia por ser o caminho mais fácil para se entrar em uma Universidade publica. Há tempos atrás a Federal de Sergipe contava com um esquema chamado "Processo Seletivo Seriado", onde no final de cada ano, o aluno respondia a prova referente ao seu ano letivo, ao final do 3º ano, o aluno escolhia o curso pretendido, respondia a prova referente ao 3º ano do ensino médio + a redação. Pelo "Seriado", a cada prova efetuada, a pontuação ficava acumulada, no último ano o aluno podia fazer uma simulação e ver quais cursos ele estaria apto a ingressar. No meu caso, a somatória dos dois primeiros anos estava por volta dos 6.000 pontos, se eu mantivesse o mesmo nível das provas anteriores, eu estaria apto a ingressar em cursos como: Engenharia de Pesca, Matemática, Física, Museologia e é claro, Arqueologia, e como eu já me interessava muito por história, optei pela Arqueologia e fui muito feliz nessa escolha. Somente depois de um tempo no curso, convivendo com pessoas, professores e experiências, fui tomando gosto pela profissão. Tive a felicidade de ser chamado para um estágio no inicio do ano de 2010, onde fui um dos pioneiros entre os alunos a sair dos muros da Universidade e atuar na área como profissional em um estágio remunerado. E hoje digo com sinceridade não me vejo atuando em outra coisa a não ser na Arqueologia.

Você pode nos dizer um pouco sobre sua experiência profissional?
Resp:
Bem, o arqueólogo deve ter um equilíbrio entre teoria e prática em seu campo de atuação, não que ele vá dominar todo e qualquer assunto correspondente a Arqueologia, mas pelo menos o profissional deve ter noções gerais dos contextos que ele pode vir a trabalhar e dos materiais que podem ser manipulados durante os trabalhos, esse é um dos objetivos da graduação, mostrar aos alunos os diferentes ambientes e materiais encontrados na Arqueologia. Um arqueólogo graduado sai da instituição de ensino apto a trabalhar em qualquer contexto, mas é claro que durante o processo de iniciação, existem áreas que o pesquisador se interessa mais e outras que o pesquisador se interessa menos, no meu caso especifico, durante o curso, eu tive contato com diversos materiais e contextos, tanto históricos como pré-coloniais, porém meu interesse foi maior pela área da Arqueologia Histórica, tanto é que desenvolvi minha monografia no campo da Arqueologia da Repressão.
Ao ingressar no mercado profissional, fui honesto em expor ao meu contratante as minhas dificuldades em relação a algumas áreas práticas da Arqueologia, por exemplo, quem vem da Arqueologia sabe que nem sempre encontramos peças perfeitas de lítico (artefato feito em pedra), com marcações precisas e bem definidas como a maioria das peças que estudamos na faculdade, em campo temos que ter um olho treinado para identificar peças líticas em meio a milhares de outras rochas comuns. Mesmo ciente das minhas limitações, o contratante apostou e efetivou a minha contratação (e sou muito grato a eles por esta oportunidade). Chegando em campo, ao encontrar com os arqueólogos locais, também expus as minhas dificuldades e os mesmos falaram para que eu não me preocupasse, que isso era normal (até porque eu havia acabado de sair da faculdade) e que com o tempo eu iria pegando a habilidade necessária para executar os trabalhos, e com muita calma e paciência eles foram explicando e me ensinado aquilo que eu tinha mais dificuldade. Acredito que hoje eu ainda não domine todo o conhecimento prático da Arqueologia, mas aprendi muitas coisas em campo, coisas que só são aprendidas com vivencias, no dia a dia de um trabalho arqueológico, coisas que uma graduação, por mais completa que seja, não tem a oportunidade de mostrar.

Muita gente se pergunta do que vive o arqueólogo, ou melhor, como ele se sustenta? Você poderia explicar isso aos leitores.
Resp:
A Arqueologia sempre esteve envolvida no mito de ser uma profissão cheia de aventuras, com caça a tesouros e resgate de mocinhas em perigo (visão cinematográfica), embora nos últimos anos, esse e outros mitos tenham sido derrubados, a Arqueologia ainda é vista por muitos como uma profissão exótica. – Gente, a Arqueologia é uma profissão como qualquer uma outra, o arqueólogo é tão profissional quanto um analista de sistemas, um engenheiro civil, um advogado ou um médico. O mito talvez venha por conta do que fazemos, já que estudamos as sociedades através de sua cultura material. Acredito que os arqueólogos dessa nova geração precisam "popularizar" mais a Arqueologia e os trabalhos que vem sendo feitos, para que esse mito deixe de existir. O Brasil hoje vive um processo de intenso aquecimento e expansão da profissão, grande parte devido ao Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, implantado no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem por objetivo a realização de obras de infraestrutura por todo o país, a construção de portos, ferrovias, rodovias, hidroelétricas, etc., gera grandes impactos ambientais, necessitando assim de trabalhos de Arqueologia. Quando ingressei na graduação, fui muito questionado quanto a faixas salariais, e a quanto ganharia um arqueólogo, hoje eu sei que em média um arqueólogo em inicio de carreira pode receber de 4 a 5 salários-mínimos em média. A parte não muito boa é que dificilmente a pessoa consegue se formar e continuar trabalhando em seu lugar de origem. A Arqueologia é uma profissão que as vezes requer que você vá até ela e não ela que vem até você, assim o arqueólogo vira um pouco "nômade", sempre viajando. Em contrapartida a pessoa ganha inúmeras experiências de vida, conhece pessoas e lugares incríveis.


Você acha que há algum tipo de rixa entre pessoas que se tornaram arqueólogos através da graduação e aqueles que se tornaram através da pós-graduação?
Resp:
Não...Acredito que não, pelo menos não que eu tenha percebido até o momento. Até porque um pós-graduado em Arqueologia já vem com uma área especifica de atuação, ou seja ele domina muito bem um determinado assunto, já um graduado, apesar de estar apto a trabalhar em vários contextos, ele domina tudo e ao mesmo tempo ele não domina nada, pois ele tem noções básicas e não tão especificas dos assuntos, como se fosse um clínico geral.

Isso acontece com todos? Com a maioria ou uma minoria que tem muita voz e/ou incomoda muito?
Resp:
Acredito que hoje os graduados em Arqueologia estão na vanguarda da profissão, em termos que quantidade, nos últimos 5 ou 6 anos, o número de profissionais que ingressaram no mercado de trabalho, se já não superado, estamos próximos de superar o número de arqueólogos que atuavam no Brasil entre as décadas de 1980/1990, e atualmente quem se forma só fica parado se quiser, dos amigos que se formaram comigo, todos estão em campo trabalhando, os que não estão trabalhando foi por que ingressaram em programas de pós-graduação ou realmente não quiseram seguir carreira. Em minha opinião, creio que daqui a alguns anos a Arqueologia vai passar por um processo de desaceleração, o ritmo das obras de infraestrutura no pais pode diminuir, e com a grande quantidade de arqueólogos atuando, uma simples graduação pode se tornar obsoleta, e será de suma importância que o profissional tenha uma qualificação maior (pós-graduação) em Arqueologia, isso se ele almeja grandes planos profissionais.


Com aqueles que acontecem (se é que acontece) tal rixa o que faz você pensar que faz isso acontecer?
Resp:
Eu não diria bem "rixa", eu diria que a Arqueologia, assim como várias outras áreas, está passando por um processo de renovação, sobretudo de profissionais e de ideologias, e nesse caso é comum gerar um certo desconforto por parte de alguns profissionais de uma ala mais conservadora. A Arqueologia brasileira saiu da esfera onde obrigatoriamente se deveria ter o objeto empírico para se fazer um estudo, e seguiu para uma tendência onde você pode sim fazer um trabalho de Arqueologia sem que necessariamente você esteja com o objeto físico em mãos. Essa nova linha de pensamento possibilitou os mais variados trabalhos e segmentos teóricos, pois a partir de então o estudo arqueológico não fica tão restrito apenas a um tempo remoto, longe do nosso tempo. A Arqueologia está em nosso dia a dia, naquela casa de 20 ou 30 anos a qual passamos pela frente todos os dias, nas memórias dos nossos pais, tios e avós.


Você já sofreu algum tipo de discriminação por vir da graduação? Se sim você poderia nos contar como foi?

Resp:
Discriminação por vim da graduação não, de forma alguma, acho até que ao contrário. Quando falo que sou graduado em Arqueologia, muitos olham surpresos, por associar a profissão a algo exótico. É fácil perceber que as pessoas se surpreendem por achar que a Arqueologia é algo tão distante do convencional, muitos me perguntam até se isso existe por aqui. Mas claro que ainda temos que conviver com algumas piadinhas como por exemplo: caçador de dinossauros, Indiana Jones do nordeste, caçador de tesouros, essas coisas, mas nada que venha a interferir negativamente na imagem pessoal, os comentários, em sua grande maioria, não passam apenas de brincadeiras entre amigos.


Houve alguma mudança neste e outros cenários desde que você começou a trabalhar como arqueólogo? Se sim o quê?

Resp:
Sim...Nossa, eu diria uma mudança significativa, a julgar até pelo próprio histórico das graduações em Arqueologia no Brasil, onde entre as décadas de 1980/1990 tínhamos o curso da Estácio de Sá no RJ, que entrou em extinção em 1996 (se eu não me engano), depois disso o Brasil passou vários anos sem ter cursos de graduação em Arqueologia e já em meados da década de 2000 num curto espaço de tempo (2004/2008) surgiram 9 cursos de graduação. Atualmente já são 11 cursos de Arqueologia espalhados pelos quatro cantos do país, 1 curso que acabou de ser criado no Rio de Janeiro e mais 1 curso previsto para 2015 em São Paulo, totalizando 13 cursos de graduação em Arqueologia no Brasil. Desde quando ingressei no universo da Arqueologia (2008) até os dias atuais eu senti uma enorme diferença: as informações sobre o que é a Arqueologia, onde trabalha o arqueólogo e quanto ganha não tinham muito destaque, e as fontes não eram lá muito confiáveis, hoje estas mesmas informações se apresentam de uma forma mais concisa e tem uma veracidade maior, a mídia (embora distorcendo o real sentido do trabalho algumas vezes) tem dado mais espaço para que seja veiculados os trabalhos arqueológicos em diferentes partes e contextos do Brasil, a internet está sendo uma ferramenta fundamental para que a Arqueologia chegue ao grande público, muito já foi feito, mas como eu disse anteriormente, é preciso mais, temos que "popularizar" a Arqueologia, para que num futuro não muito distante ela possa ser vista como uma profissão como qualquer outra, sem mitos e fazendo parte do cotidiano das pessoas.

Você tem alguma mensagem para quem quer seguir essa carreira?
Resp:
A Arqueologia é uma área que lida diretamente com as pessoas, sendo elas contemporâneas ao nosso tempo ou sociedades de tempos atrás, nela temos a oportunidade de buscar e contar as histórias, não só dos grandes senhores e detentores do poder, mas daquelas pessoas simples, pessoas comuns, que ajudaram a erguer aquela igreja histórica do sec. XIX que você visita nas suas férias ou aquele casarão antigo que é o ponto turístico de sua cidade, estas pessoas, que por serem "insignificantes" aos olhos dos que tinham o poder, acabaram ficando as margens das narrativas tidas como "oficiais". Se você é uma pessoa que se interessa por esse tipo de história, que tem curiosidade sobre o estudo do modo de vida das sociedades, vale a pena investir no campo da Arqueologia.
Assim como toda área de atuação tem as suas dificuldades, na Arqueologia não é diferente, o trabalho não é fácil, e as condições de trabalho são adversas – tem momentos que você pode trabalhar na frente de um computador, sob ar-condicionado em temperatura controlada, com água e cafezinho a vontade, já em outras ocasiões o Arqueólogo passa dias em campo, sob sol forte, com poeira até o espírito. Mas acredito que todo o sacrifício é válido quando se tem um objetivo, quando se tem um foco, e convenhamos que a faixa salarial de um recém-formado também é um bom incentivo.


Algo a mais que queira dizer ou se expressar?
Resp:
Gostaria de agradecer a equipe PARA ARKEOLOGOS pelo convite e espaço cedido, acredito ser muito importante a divulgação da Arqueologia como uma profissão comum, e os arqueólogos como profissionais sérios e dedicados ao que fazem. Quero dizer que as opiniões aqui emitidas, são de minha inteira responsabilidade, alguns podem concordar e outros podem discordar, esse é um princípio das ciências humanas.
Para os arqueólogos dessa nova geração e para os que pretendem ingressar na área, é importante frisar que o pesquisador deve ter responsabilidade e humildade, reconhecer seus pontos fortes e fracos, não é vergonha dizer que não sabe fazer ou que não está preparado para fazer, vergonha é assumir um compromisso e por incompetência não ser capaz de realizar ou realizar algo desprezível. Muitos colocam a Arqueologia como uma profissão sem a devida valorização, realmente em alguns casos a Arqueologia não é devidamente valorizada, mas se nós, enquanto arqueólogos, queremos que essa situação mude, nós mesmos temos que valorizar a nossa profissão – não há profissão de respeito se a mesma não se dá o respeito.
Agradeço mais uma vez ao espaço cedido...Muito obrigado e até breve moçada!!!!

Fim da entrevista


Adriano primeiramente parabéns por tudo que você conquistou. E nós do Para Arkeólogos é que agradecemos você sair de sua rotina e nos ajudar com o nosso trabalho. Saiba que o espaço aqui está aberto a qualquer hora caso queira se expressar de qualquer forma.


Galera espero que vocês tenham gostado por que para mim ficou com a sensação de Missão Cumprida!
Saudações Equipe Para Arkeólogos

terça-feira, 30 de julho de 2013

Saipem é acusada de crime ambiental no Porto de Santos

Cotidiano
29 de julho de 2013 às 10h59

 

 

 

 

 

 

 

 

 Arqueólogo garante que IPHAN sabe e não toma atitude 

para evitar situação

por Carlos Ratton
 

Em nome de uma promessa de desenvolvimento econômico que, até agora, só causou especulação e supervalorização imobiliária em Santos e região, sítios arqueológicos que teriam que ser preservados e estudados no canal do estuário santista podem estar se perdendo rapidamente e até sumir em poucos meses caso o Governo Brasileiro não interrompa, urgentemente, as atividades da empresa italiana Saipem, responsável pela primeira base paulista de apoio logístico à exploração da camada pré-sal na Bacia de Santos.







A denúncia, feita com exclusividade ao Diário do Litoral, é do arqueólogo-professor-doutor Manoel Mateus Bueno Gonzalez, diretor do Centro Regional de Pesquisas Arqueológicas.

Com farta documentação em mãos, baseada em anos de pesquisa, Manoel Gonzalez garante que a Saipem estaria operando de forma irregular na Margem Esquerda do Porto de Santos e ainda cometendo crime ambiental, destruindo parte da fauna e flora do entorno do empreendimento, pois sequer possui a prospecção arqueológica subaquática — estudo obrigatório para que a empresa comece as atividades.

Saipem é acusada de crime patrimonial e ambiental (Foto: Jonas de Morais/DL)
Saipem é acusada de crime patrimonial e ambiental (Foto: Jonas de Morais/DL)

No último dia 11, o arqueólogo protocolou ofício apontando as irregularidades ao 16º promotor de Meio Ambiente de Santos, Daury de Paula Júnior. No documento, Manoel Gonzalez salienta a gravidade da situação, alertando que a Saipem nunca fez o estudo e que o Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), que deveria fiscalizar e exigir o documento, não toma qualquer atitude, apesar dos técnicos serem avisados sucessivas vezes.

“Em 2012, fui contratado pela empresa para dar continuidade aos trabalhos arqueológicos na área. Ao ver a gravidade da situação, entrei em contato informal com o arqueólogo do IPHAN alertando da necessidade da prospecção. Depois, pessoalmente, no próprio IPHAN, ele informou que o local não passava de um brejo e não seria necessária arqueologia subaquática. Tenho testemunhas que estavam na sala durante a reunião. Ainda enviei e-mails e ofícios, mas nenhuma resposta foi encaminhada”, garante Gonzalez.

Gonzalez explica também que as obras de construção e dragagem do empreendimento foram iniciadas em junho do ano passado, antes da publicação da portaria de pesquisa no Diário Oficial da União (DOU) que autoriza o início dos trabalhos, o que ocorreu somente em 29 de novembro do ano passado. Portanto, a Saipem teria começado as obras sem o devido consentimento, burlando as leis ambientais.

“Se ela estava com o acompanhamento de um arqueólogo, ele cometeu um crime, por estar trabalhando sem autorização. Se começou as obras sem o profissional, cometeu crime do mesmo jeito. Tenho fotos aéreas das máquinas operando no período”, revela.

Segundo Manoel Gonzalez, além dos vários sítios arqueológicos no entorno do empreendimento, existe um sambaqui (montanhas erguidas em baías, praias ou na foz de grandes rios por povos que habitaram o litoral do Brasil na Pré-História) a 900 metros (que foi registrado em 2005 pelo próprio IPHAN); a Fortaleza da Barra (um patrimônio histórico e arqueológico tombado) e o próprio Porto de Santos, que possui um amplo potencial arqueológico debaixo da água.

Gonzalez revela que a empresa revirou o fundo do canal danificando o mangue, a fauna e todo o ecossistema. “Os peixes precisam dos sambaquis para sobreviver. E na região da Saipem existe um sistema integrado de sambaquis.

Além disso, o barulho da empresa está espantando animais e aves da mata do entorno. No fundo do mar, devem existir embarcações antigas. O mangue é um berçário e as espécies estão sendo ameaçadas pela intervenção da empresa”.

Comunidades do entorno

Manoel Gonzalez teme pelas comunidades de Guarujá (praias de Santa Cruz, Góes e outras) e moradores da Ponta da Praia, em Santos, onde. segundo ele, a empresa vai fabricar dutos que vão produzir barulho e metal pesado. “Eles vão ser diretamente afetados. Quem consumir peixe do local, se banhar, respirar próximo ao empreendimento vai morrer aos poucos”, alerta.

O arqueólogo só vê uma maneira de reverter a situação: “parar a obra imediatamente e providenciar todos os estudos para impactar o menos possível. Além disso, segundo ele, a empresa terá que criar bolsões para armazenar e processar os metais pesados, sem que o produto atinja o mar ou as vias públicas, visto que as únicas maneiras de levar matéria-prima à empresa são por mar ou por terra”, disse Gonzalez, que pretende ingressar com uma ação contra a empresa assim que voltar da França, onde ministra um curso.

Ele revela que irá recorrer também a outros órgãos ambientais no Brasil e no Mundo. “Além das esferas estadual e federal, vou buscar apoio nos Estados Unidos (EUA) e Europa, onde tenho amplo relacionamento, com objetivo de salvar o meio ambiente e os patrimônios históricos da região que estão no entorno da empresa”.

Bombarral: Jovens relocaliza​ram sitio arqueológi​co que não era visitado há mais de 30 anos.


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  •   Gruta do Caixão


    • BOMBARRAL – Os jovens inscritos nos Ateliês de Verão, que estão a ser promovidos pela Radiosonora, com o apoio do Museu Municipal do Bombarral, realizaram no passado dia 24 de julho uma visita a alguns dos principais sítios arqueológicos existentes no concelho.
      A atividade iniciou-se na Necrópole da Serra da Roupa, junto à aldeia da Columbeira, onde os participantes experimentaram o desenho arqueológico, fazendo uso de uma quadrícula montada para o efeito, como explicou a arqueóloga municipal Cláudia Manso.

      “A simulação de um ambiente de escavação implicou que os jovens aprendessem também a coordenar e a recolher artefactos arqueológicos”, acrescentou.
      Mas as tarefas de arqueologia não ficaram por aqui. Da parte tarde, em pleno Vale do Rôto, a equipa foi desafiada a relocalizar um sítio arqueológico algo desconhecido entre o conjunto de grutas da Columbeira.

      Como referiu a arqueóloga, trata-se da Lapa do Suão II, uma gruta intervencionada entre 1979 e 1982, ainda no âmbito presença da Missão Arqueológica Francesa no Bombarral, sob a direção do Abade Jean Roche.

      “Aí puderam fazer uma fotografia de conjunto que premiou o enormíssimo esforço de escalada que resultou na sua redescoberta, esta apenas possível graças à colaboração do voluntário José Bonifácio”, frisou.

      Além desta cavidade, o grupo pode ainda observar as Fendas da Columbeira e a Gruta das Pulgas, bem como entrar na Gruta da Água, na Gruta Nova, na Gruta do Caixão, na Lapa Larga e na Lapa do Suão.

      Link:http://local.pt/bombarral-jovens-relocaliza%E2%80%8Bram-sitio-arqueologi%E2%80%8Bco-que-nao-era-visitado-ha-mais-de-30-anos/

      sábado, 27 de julho de 2013

      Iphan vai supervisionar obras do Programa Luz para Todos.

      O Instituto havia determinado a suspensão por conta de denúncias de danos ao patrimônio arqueológico

      26/07/2013
      As obras do Luz para Todos, que estão sendo realizadas no Sul do Estado, deverão ser retomadas em breve, mas sob a supervisão direta do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Em julho do ano passado, o Iphan determinou a suspensão do trabalho alegando que a implantação da rede elétrica estava causando danos aos sítios arqueológicos existentes na região.

      O Instituto esclareceu que a decisão de suspender o trabalho de instalação das linhas de transmissão nas áreas próximas ao Parque Nacional da Serra da Capivara foi motivada por denúncias encaminhadas à Superintendência do Piauí, de que o trabalho estava causando danos ao patrimônio arqueológico do local.

      Após entendimento com o Ministério das Minas e Energia e por considerar o grande interesse social do Programa, a Presidência do Iphan enviou ofício à direção da Eletrobrás liberando o retorno dos trabalhos. A concessionária de energia elétrica deve apresentar ao Centro Nacional de Arqueologia do Iphan, em um prazo de 30 dias, um projeto de Pesquisa Arqueológica referente ao monitoramento das obras do Programa Luz para Todos na região.

      O Iphan determinou ainda que a Eletrobras garanta a preservação de todos os sítios conhecidos oficialmente e que faça o desvio das linhas de transmissão caso haja coincidência de localização com os sítios. A empresa também deve definir um raio de 50 metros para a área de proteção padrão no caso de sítios arqueológicos com poligonais ainda não definidas.

      O documento do instituto encaminhado à Eletrobrás deixa claro que, se forem identificados materiais arqueológicos, o Iphan deve ser imediatamente informado e o arqueólogo responsável deve tomar as devidas providências para a preservação da área do achado. Caso contrário, as obras poderão ser suspensas novamente.

       “A preservação é perfeitamente compatível com o processo de desenvolvimento e melhorias da infraestrutura do país, desde que os projetos sejam elaborados em respeito ao patrimônio acautelado e que sua implantação obedeça aos princípios, métodos e medidas orientados pelo Iphan em cada caso”, afirma nota do Instituto. O Programa Luz para todos deve realizar cerca de dez mil ligações domiciliares em 62 municípios do Estado do Sul do Estado.
      Repórter: Jornal O DIA

      Link:http://www.portalodia.com/noticias/politica/iphan-vai-supervisionar-obras-do-programa-luz-para-todos-177448.html

      Achados no complexo arqueológico dos Perdigões



      Museu do Fresco




      Museu do Fresco, em Monsaraz, apresenta exposição sobre os achados no complexo arqueológico dos Perdigões

      O Museu do Fresco, na vila medieval de Monsaraz apresenta a exposição “Perdigões: O centro de um mundo – Revelações de uma comunidade pré-histórica”. Esta mostra de arqueologia vai estar patente durante um ano e pode ser visitada todos dias entre as 10h e as 12h30 e das 14h às 18h.

      O povoado dos Perdigões, ocupado entre os anos 4000 e 3000 a.C., situa-se a cerca de um quilómetro de Reguengos de Monsaraz e é um grande complexo de recintos delimitados por grandes fossos (estruturas escavadas na rocha), com necrópoles (cemitérios) e um cromeleque de menires associado (recintos cerimoniais circulares compostos por grandes blocos de pedra colocado ao alto), que teve início no final do Neolítico (há cerca de 5500 anos) e durou até ao início da Idade do Bronze (há cerca de 4000 anos), representando 1.500 anos de história.

      O sítio terá tido um papel muito importante para as comunidades que habitavam aquela área na Pré-história e seria, provavelmente, um local utilizado para a prática de cerimónias rituais relacionadas com o culto dos mortos e dos antepassados. São os vestígios dessas práticas que têm vindo a ser postas a descoberto pelo Núcleo de Investigação Arqueológica da ERA Arqueologia, que desenvolve há 16 anos campanhas de escavação no local, que vão estar em exposição no Museu do Fresco. As investigações em curso são financiadas pelo Esporão, pela ERA e por um projecto da Fundação para a Ciência e Tecnologia.
      Várias estruturas negativas tipo fosso estão a ser intervencionadas e datadas, mas um dos aspectos mais significativos é a presença de contextos funerários de cremações humanas datados de há cerca de 4500 anos, práticas funerárias consideradas pouco comuns na época e que levantam interessantes questões sobre as visões do mundo e do ser humano que estariam em transformação. Associadas a estes contextos de cremações humanas tem vindo a ser registado um notável conjunto de estatuetas antropomórficas em marfim, de grande naturalismo e beleza estética que, conhecidas noutros contextos do sul peninsular, aparecem pela primeira vez em território nacional. O seu significado é assunto de debate entre os especialistas, podendo representar divindades, pessoas ou estatutos sociais concretos, grupos de identidade ou parentesco.

      O Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico determinou no dia 4 de Março de 2013 a abertura do procedimento de classificação do Complexo Arqueológico dos Perdigões como Sítio de Interesse Nacional (Monumento Nacional) pela sua importância arqueológica, científica e histórica e pela necessidade de preservar e salvaguardar este sítio arqueológico. O sítio em vias de classificação e os bens imóveis localizados na zona geral de protecção (50 metros contados a partir dos seus limites externos) ficam abrangidos pelas disposições legais em vigor.

      Link:http://maiortv.com.pt/achados-no-complexo-arqueologico-dos-perdigoes-291/

      sexta-feira, 26 de julho de 2013

      FELIZ DIA DO ARQUEÓLOGO! Bom... então vamos refletir?


       


      Conta uma lenda popular do Oriente que um jovem chegou a beira de um oásis junto a um povoado, aproximou-se de um velho e perguntou-lhe:
      Que tipo de pessoa vive neste lugar?”
      Que tipo de pessoa vivia no lugar de onde você vem?”, perguntou por sua vez o ancião. “Oh, um grupo de egoístas e malvados.”, replicou o rapaz. “Estou satisfeito de haver saído de lá.”
      A isso, o velho replicou: “A mesma coisa você haverá de encontrar por aqui.” No mesmo dia, um outro jovem se acercou do oásis para beber água e vendo o ancião, perguntou-lhe:
      Que tipo de pessoa vivia no lugar de onde você vem?” O rapaz respondeu: “um magnífico grupo de pessoas, amigas, honestas, hospitaleiras. Fiquei muito triste por ter de deixá-las.” “O mesmo encontrará por aqui.”, respondeu o ancião.
      Um homem que havia escutado as duas conversas perguntou ao velho: “Como é possível dar respostas tão diferentes a mesma pergunta? Ao que o velho respondeu:
      Cada um carrega no seu coração o meio em que vive. Aquele que nada encontrou de bom nos lugares onde passou, não encontrará outra coisa por aqui. Aquele que encontrou amigos ali, também os encontrará aqui, porque, na verdade, nossa atitude mental é a única coisa na nossa vida sobre a qual podemos manter o controle absoluto.

      -Nossa Thobias que profundo!
      -He, he, he. Dia do Arqueólogo, tinha que vir com algo mais profundo. Mas enfim vamos ao artigo.

      Que raios eu quero dizer com isso. Que hoje não é um dia de (só) celebração. Ou um simples parabéns. Mas acima de tudo. E principalmente por tudo que estamos passando, por esses anos é um dia de reflexão para que possamos realizar transformações e essas transformações dependem de nossa perspectiva sobre as atitudes que foram tomadas e o que estamos realmente fazendo para que essas transformações aconteçam.

      Creio que se o dia do Arqueólogo serve para algo, deveria ser para pôr a mão na massa e/ou botar nossos cérebros para funcionar. Como estamos agindo? A única coisa que estamos fazendo é tecer críticas. Falaremos de verdades sobre graduações ou sobre aquele que finalmente entra para o ciclo profissional. Conseguir algo na Arqueologia não é algo que depende dela, mas de cada um de nós. E o que queremos encontrar nesse nosso “Oásis” depende inteiramente de nossas intenções que já temos ao chegar nele.

      Como disse, a Arqueologia não escolhe nosso destino, nós que escolhemos o que fazer com ela. E como esta influenciará em nossas vidas. É muito mais fácil procurar culpados (alunos, professores, SAB) ou sonhar numa Arqueologia feita para uma realidade que não é nossa (Arqueologia na França, Inglaterra). Claro que refletir sobre elas não é nenhum problema, muito pelo contrário, agora achar que estas são as soluções de nossos problemas...hum, talvez não. Lembra até um Brasil que antigamente tentava se mostrar europeu a todo custo, mas começou a se tornar legítimo quando descobriu o acarajé da baiana, o forró, os caipiras entre outras figuras populares.

      Quando quisermos mudar nossas realidades, quando quisermos encontrar aquilo que queremos devemos trabalhar para que este se torne algo real, palpável. Não, o mundo não é ideal, mas estudantes não são culpados pelos problemas que temos ou professores. Nós somos uma comunidade e todos queremos de nossa própria forma uma Arqueologia melhor, legítima. 

      Trabalhamos e vamos trabalhar mais, nos empenhar, e principalmente vamos ver e incentivar as conquistas que conseguimos, pois elas são as primeiras de muitas que virão e como todo elemento novo que surge numa sociedade, classe, gerará conflitos e exatamente este ponto é que fará com que cresçamos, mudemos, e atinjamos nossas metas.

      Então agora sim! Depois de uma reflexão me sinto um pouco melhor em dizer. Feliz Dia do Arqueólogo!

      Saudações da equipe Para Arkeologos.

      quinta-feira, 25 de julho de 2013

      Projeto canadense de arqueologia pesquisa antepassados da nação

      Times de pesquisadores exploram vila de pescadores de 5 mil anos

      Estudantes buscam orientações em iPads enquanto procuram artefatos
       numa vila de pescadores de 5 mil anos antes ocupada por ancestrais da Primeira Nação Sechelt
      (Cortesia do Projeto de Pesquisa Arqueológica Shíshálh)
      Arqueólogos e estudantes começaram sua pesquisa anual de artefatos antigos na costa sul da Colúmbia Britânica, Canadá, escavando as ruínas de uma vila de pescadores
      de 5 mil anos, outrora ocupada pelos antepassados da hodierna Primeira Nação Shíshálh (Sechelt).

      O Projeto de Pesquisa Arqueológica Shíshálh, uma colaboração do Museu Canadense da Civilização, da Universidade de Toronto e da Nação Shíshálh, começou em 2009 e visa adquirir maior conhecimento sobre o longo uso das terras Shíshálh, enquanto se explora a vida desta Primeira Nação que habitou as ilhas ao norte do Mar Salish.
      O projeto também espera aumentar a conscientização sobre a história Shíshálh e introduzir os jovens Shíshálh a carreiras de ciências sociais. Como o local da escavação é perto da cidade de Sechelt, o acesso dos alunos da Primeira Nação é relativamente fácil, o que os permite participar das escavações anualmente junto com estudantes universitários de Ontário e da Colúmbia Britânica.
      “Trabalhando em parceria com o Museu Canadense da Civilização e a Universidade de Toronto, testemunhamos muitos benefícios para nossa comunidade”, disse o chefe Sechelt Garry Feschuk.

      “Um dos benefícios foi ter nossos alunos mergulhados em nossa história e aprendendo sobre uma importante atividade acadêmica. Estamos muito satisfeitos com o trabalho que tem sido realizado e animados com o futuro.”

      A atividade tem produzido muitos tesouros preciosos nos poucos anos desde que a escavação começou. Uma das descobertas mais conhecidas ocorreu em 2010, quando 350 mil contas de pedra foram desenterradas do túmulo antigo de um chefe Shíshálh. A descoberta inédita solidificou o sítio arqueológico como um dos mais importantes da província.

      “Quando estes arqueólogos descobrem um peso de pedra de uma antiga rede de pesca ou um tesouro de pérolas decorativas no local do enterro de um chefe ancestral, isso representa uma conexão tangível entre nós e os povos do passado distante”, disse Dean Oliver, diretor de pesquisa do Museu Canadense da Civilização.
      “Estas descobertas são especialmente comoventes para o povo da Primeira Nação Shíshálh, cujas mãos dos antepassados forjaram os artefatos que encontramos hoje ao longo da costa.”

      Os pesquisadores dizem que a maioria dos artefatos descobertos até agora este ano estão ligados à colheita de alimentos e à pesca, tais como pontas de ossos, furadores e facas, que tem proporcionado uma visão sobre as práticas antigas do processamento da pesca.
      Escavações de anos anteriores concentraram-se na pesquisa da costa local, da arqueologia familiar e funerária e na escavação de aldeias e acampamentos.

      Link:http://www.epochtimes.com.br/projeto-canadense-arqueologia-pesquisa-antepassados-nacao/

      Descobertas arqueológicas revelam civilização pré-histórica ao longo da Rota da Seda

        2013-07-25 19:53:49  cri


      Arqueólogos escavaram relíquias que mostram que humanos pré-históricos viveram ao longo da Rota da Seda, muito antes que ela fosse criada há cerca de 2 mil anos, como uma importatne rede do comércio euro-asiático.
      Um projeto de escavação, que começou em 2010 nas ruínas da Província de Gansu, noroeste da China, forneceu evidências de que pessoas viveram na margem oeste do Rio Heihe de 4.100 até 3.600 anos atrás e que eram capazes de cultivar produtos e fundir cobre, informaram os pesquisadores.
      Acredita-se que o local pode remontar à Dinastia Han (202 a.C. - 220 d.C.).
      Durante os últimos três anos, os arqueólogos descobriram uma variedade de artigos de cobre, bem como equipamentos utilizados para fundir metais, disse Chen Guoke, um pesquisador do Instituto de Arqueologia de Gansu.
      "As pessoas daquela época lidavam principalmente com metal vermelho. Elas também começaram a produzir ligas". informou Chen, que atua como diretor do projeto.
      Chen acrescentou que uma fundição de cobre muito rara também foi encontrada nas ruínas.
      "É a mais antiga deste tipo que já foi escavada. Será de grande ajuda para os estudos da história da arte chinesa", disse Zhang Liangren, professor da Universidade Noroeste em Xi'an, capital provincial de Shaanxi.
      Os pesquisadores também encontraram cevada carbonizada e sementes de trigo, bem como enxadas e facas de pedra utilizadas na agricultura, informou Zhang, acrescentando que algumas casas de argila também foram encontradas este ano.
      As descobertas indicam que os intercâmbios entre o leste e o oeste começaram antes da Dinastia Han, já que a arquitetura com argila, cevada carbonizada e trigo são originários da região central e oeste da Ásia, de acordo com Zhang.
      Uma série de descobertas anteriores durante a última década também forneceram evidências da existência de uma civilização pré-histórica ao longo da Rota da Seda.
      De 2003 até 2005, arqueólogos escavaram as ruínas de Xihetan na cidade de Jiuquan na Província de Gansu.
      "Ficamos surpresos ao encontrar um curral utilizado para bois e carneiros preservado nas ruínas. A descoberta não tem precedentes," disse Zhao Congcang, outro professor na Universidade Noroeste.
      Foram encontradas também pegadas e esqueletos de gado no local.
      Em 2005, pesquisadores da China e do Japão concluíram um projeto de escavação de três anos nas ruínas de Mozuizi na cidade de Wuwei na Província de Gansu, encontrando vestígios de uma tribo primitiva que viveu há cerca de 4.500 anos.
      A antiga Rota da Seda, que começava da antiga cidade de Chang'an, conhecida como Xi'an agora, se entendia à região do Mediterrâneo no oeste e ao subcontinente indiano no sul. Tem um comprimento total de mais de 10 mil quilômetros, com 4 mil quilômetros na China.
      Em janeiro, a China, o Cazaquistão e o Quirguistão fizeram um pedido à UNESCO para incluir a antiga Rota da Seda na Lista do Patrimônio Mundial em 2014.
      Por Xinhua

      http://portuguese.cri.cn/1721/2013/07/25/1s170118.htm 

      XVII Congresso da Sociedade de Arqueologia Brasileira

      Creio que estejam todos cientes, mas vai que tem algum desavisado!

      Segue abaixo o texto da convocação na integra:

      SAB - Sociedade de Arqueologia Brasileira

      Temos o prazer de iniciar a divulgação do XVII Congresso da Sociedade de Arqueologia Brasileira - Arqueologia sem Fronteiras. Repensando espaço, tempo e agentes - que ocorrerá entre 25 e 30 de agosto de 2013 na orla de Atalaia em Aracaju, SE.
      Contamos com a sua colaboração na divulgação do regulamento de inscrição e demais informações desta circular entre colegas e colaboradores/as que não pertençam ao quadro social da SAB. A partir de 28 de dezembro o site do congresso (www.xviicongresso.sabnet.com.br) estará no ar com maiores informações e formulários para inscrição.
      Pedimos especial atenção ao fato de que apenas sócios e sócias da SAB poderão se inscrever como primeiro/a autor/a de trabalhos no congresso. Para que nossos/as colegas não sejam prejudicados na divulgação de suas pesquisas no maior encontro nacional de Arqueologia, a SAB responderá, em tempo de cumprir os prazos de inscrição do congresso, a todos os novos pedidos de associações enviados até 31 de março de 2013. Após esta data não haverá tempo hábil para processamento de pedidos daqueles/as que desejem apresentar trabalhos.

      Modalidades de apresentação de trabalhos
      Simpósios Temáticos
      Os Simpósios Temáticos têm por objetivo ampliar a discussão e facilitar o diálogo entre especialistas. O espaço se destina à apresentação de pesquisas concluídas ou em fase avançada de desenvolvimento, não serão aceitas propostas de apresentação de projetos ou de pesquisas recém iniciadas. A proposta poderá ser inscrita por até dois coordenadores, que estarão isentos da Taxa de Inscrição no evento. Uma vez divulgada a lista de Simpósios aceitos pela Comissão Científica, as inscrições para apresentações orais serão abertas ao conjunto de participantes do Congresso. Será preciso um número mínimo de 6 inscrições para que o Simpósio seja realizado. A avaliação dos resumos inscritos será de responsabilidade dos/as coordenadores/as dos Simpósios Temáticos, que utilizarão o site do XVII Congresso da SAB para o processo de avaliação e divulgação dos trabalhos aceitos.
      Observações:
      a)    Os formulários eletrônicos estarão disponíveis no site do XVII Congresso da Sociedade de Arqueologia Brasileira. As propostas de Simpósios Temáticos poderão ser feitas até a meia-noite do dia 10 de fevereiro de 2013.
      b)    Simpósios Temáticos que tenham dois/uas coordenadores/as deverão ser inscritos por ambos/as, para que cada um/a tenha acesso independente à área do inscrito/a. As informações da proposta de Simpósio Temático devem ser idênticas em cada inscrição para que o sistema as identifique como proposição conjunta.
      c)    As propostas de Simpósios Temáticos serão analisadas pela Comissão Científica, que poderá unir propostas similares num mesmo simpósio.
      d)    O resultado será divulgado no site do XVII Congresso da Sociedade de Arqueologia Brasileira a partir do dia 25 de fevereiro de 2013.
      e)    A partir do dia 06 de maio de 2013 as propostas de apresentação de trabalhos nos estarão disponíveis no site do XVII Congresso da Sociedade de Arqueologia Brasileira para avaliação pelos/as coordenadores/as de Simpósios Temáticos.
      Responsabilidade dos/as coordenadores/as:
      • Recebimento, avaliação e seleção dos trabalhos inscritos no seu Simpósio Temático, utilizando exclusivamente o site do XVII Congresso da Sociedade de Arqueologia Brasileira;
      • Coordenação das atividades durante a realização do Simpósio.
      Comunicações Avulsas
      Modalidade livre de apresentação de resultados de pesquisas.
      Pôsteres
      Apresentação de projetos e pesquisas em andamento de sócias e sócios da SAB; apresentação de pesquisas de estudantes de graduação e não sócios.
      Exibições Audiovisuais
      Exibições de vídeos, filmes e documentários com temáticas ligadas à Arqueologia. Modalidade aberta a não sócios.
      Lançamento e venda de Livros
      Lançamento de obras inéditas e comercialização gratuita de livros de autoria dos/as sócios/as da SAB em estande da organização.
      Cronograma
      • 28/12/2012 a 10/02/2013: Inscrições de propostas de Simpósios Temáticos
      • 28/12/2013 a 26/08/2013: Inscrições de ouvintes
      • 13/02/2012 a 24/02/2013: Avaliação das propostas de Simpósios Temáticos
      • A partir de 25/02/2013: Divulgação dos Simpósios temáticos
      • 04/03/2013 a 05/05/2013: Inscrições de trabalhos em Simpósios Temáticos, Comunicações Avulsas, Pôsteres, Exibições Audiovisuais e Lançamento de Livros
      • A partir de 03/06/2013: Envio das cartas de aceite

      Valores de Inscrição
      28/12/2012 a 31/03/2013
      R$200,00
      01/04/2013 a 31/05/2013
      R$220,00
      01/06/2013 a 26/08/2013
      R$240,00

      Valores com descontos:
      Categoria
      28/12/2012 a 31/03/2013 01/04/2013 a 31/05/2013 01/06/2013 a 26/08/2013
      Sócias/os Efetivas/os R$150,00 R$180,00 R$215,00
      Sócias/os Colaboradoras/es R$110,00 R$130,00 R$155,00
      Estudantes R$70,00 R$70,00 R$70,00





      Regulamento de Inscrição
      As inscrições no XVII Congresso da Sociedade de Arqueologia Brasileira somente serão realizadas por meio eletrônico. Por favor, leia com atenção todos os itens deste Regulamento para evitar problemas nas inscrições e na emissão dos certificados.
      1 - Apenas poderão propor Simpósios Temáticos, apresentar trabalhos ou se inscrever para Lançamentos de Livros, sócios/as em dia com as anuidades da SAB. Estudantes de graduação, sejam ou não associados à SAB, podem apresentar um pôster.
      2– O pagamento da Taxa de Inscrição é condição para avaliação dos resumos e efetivação da inscrição. O pagamento da inscrição deverá ser realizado até a data de vencimento registrada no boleto bancário.
      3 – Aqueles/as que desejarem associar-se à SAB para apresentar trabalhos nas modalidades Simpósios Temáticos, Comunicações Avulsas ou Lançamento de Livros deverão fazê-lo até 31 de março de 2013.
      4 - Cada sócio/a da SAB poderá participar do Congresso propondo até dois Simpósios Temáticos; uma apresentação oral (em Simpósio Temático ou Comunicação Avulsa) como primeiro/a autor/a; uma apresentação oral (em Simpósio Temático ou Comunicação Avulsa) como co-autor/a e um pôster, salvo os casos previstos no item 13 deste Regulamento.
      5 - Não sócios da SAB podem participar como co-autor/a de até dois trabalhos orais, apresentar um pôster e exibir Obras Audiovisuais.
      6 – É necessário submeter um resumo para se inscrever em qualquer das modalidades de apresentação, com exceção de Lançamento de Livros, cuja inscrição deverá indicar apenas título, autoria/edição/organização, editora e ano.
      7 - Simpósios Temáticos que tenham dois/uas coordenadores/as deverão ser inscritos por ambos/as, para que cada um/a tenha acesso independente à área do/a inscrito/a. As informações da proposta de Simpósio Temático devem ser idênticas em cada inscrição para que o sistema as identifique como proposição conjunta.
      8 – Será de responsabilidade dos/as coordenadores/as de Simpósios temáticos o recebimento, avaliação e seleção dos trabalhos inscritos no seu Simpósio Temático, utilizando exclusivamente o site do XVII Congresso da Sociedade de Arqueologia Brasileira, além da coordenação das atividades durante a realização do Simpósio.
      9 – As propostas de Simpósios Temáticos serão analisadas pela Comissão Científica do XVII Congresso da SAB, que poderá sugerir a união de propostas similares num mesmo simpósio. Com exceção dos resumos inscritos para apresentação em Simpósios Temáticos, todos os demais resumos serão avaliados pela Comissão Científica do congresso, à qual caberá aceitá-los ou recusá-los. Eventualmente, a Comissão Científica também poderá sugerir que propostas de apresentação oral sejam transformadas em pôsteres.
      10 – Resumos de Simpósios Temáticos, apresentações orais e Pôsteres:
      a)    Texto que não ultrapasse 2.000 caracteres;
      b)    Três palavras chaves, cominiciaismaiúsculas, separadas por vírgula.
      11 - As Obras Audiovisuais inscritas devem apresentar, além da sinopse, direção, ano de produção e duração. Em respeito aos direitos autorais e de exibição, somente serão aceitas obras inscritas pelo/a próprio/a diretor/a.
      12 - A Comissão Organizadora não se responsabilizará por qualquer tipo de revisão gramatical e/ou ortográfica dos resumos. Solicita-se que os mesmos sejam revisados pelos próprios/as autores/as antes do envio.
      13 – Não haverá devolução do valor da inscrição. Resumos não aceitos para apresentação em Simpósios Temáticos ou Comunicações Avulsas poderão ser transformados em pôsteres, a critério da Comissão Científica e dos coordenadores dos Simpósios Temáticos e independente do limite previsto de um pôster para cada participante. No eventual caso de resumo não aceito em nenhuma das modalidades de apresentação de trabalhos, o/a proponente estará automaticamente inscrito/a como ouvinte.
      14 – Os certificados de participação no evento serão de emissão exclusivamente online e estarão disponíveis no site do XVII Congresso da SAB a partir do dia 06 de setembro de 2013. 
      Aguardamos sua participação,
      Comissão Organizadora
      XVII Congresso da Sociedade de Arqueologia Brasileira

































































      Link:http://www.sabnet.com.br/informativo/view?CATEGORIA=1&ID_INFORMATIVO=89

      segunda-feira, 22 de julho de 2013

      Arqueólogos descobrem vestígios com cerca de 2 mil anos.

      No âmbito de pesquisas científicas da Arqueologia subaquática, realizadas no interior de uma gruta, em Alvaiázere (Portugal) foram detectados novos vestígios de ocupação humana datadas da época clássica

       

       

       


      Arqueólogos do GRUPEP - Grupo de Pesquisa de Educação Patrimonial e Arqueologia, da Unisul  - Universidade do Sul de Santa Catarina  e do Laboratório de Arqueologia e Conservação do Patrimônio Subaquático do Instituto Politécnico de Tomar (Portugal), juntaram os esforços numa nova campanha arqueológica na gruta do Bacelinho, localizado em Alvaiázere, no centro de Portugal.
      Entre os vários objetos exumados têm destaque os elementos metálicos, alguns de armamento pertencentes aos militares que guardavam a mina, como é o caso de duas espadas, uma ponta de seta, vários pilum (uma espécie de dardo pesado utilizado pelo exército romano na antiguidade) e parte de uma ponta de lança; vasilhas de diferentes tipologias, duas lucernas (lamparinas comumente utilizadas para iluminação de locais fechados); e fragmentos de pequenos recipientes em vidro. Os vestígios têm ainda apontado para a existência de estruturas de lareiras e áreas de possível pernoita. 

       
      A cavidade, antiga mina romana, possui mais de 600m2 e uma umidade relativa bastante alta, integrando-a nas metodologias da arqueologia subaquática. Duas das suas galerias encontram-se completamente submersas que, ainda que não proporcione o mergulho em caverna, detém determinadas exigências  técnicas à equipe de investigadores que a estuda.


      O material recuperado está sendo processado em laboratório de campo, pela equipe de conservação, coordenado por Cláudio Monteiro, em instalações cedidas pela Camara Municipal de Alvaiázere, no sentido de uma estabilização eficaz dos objetos e seu correto acondicionamento até ao laboratório de Arqueologia e Conservação do Patrimônio Subaquático (IPT).
      Os trabalhos irão continuar até ao final do mês de julho. Alguns dos vestígios recuperados poderão ser vistos em setembro no Museu Nacional de Arqueologia e no Museu Municipal de Alvaiázere.



      Cilene Macedo - JP02323
      C&M - Comunicação e Marketing
      Assessoria de Promoção e Inteligência Competitiva
      Unisul – Universidade do Sul de Santa Catarina
      www.unisul.br

      www.facebook.com/unisul.universidade
      (48) 3279 1085

      (48) 8818 4339

      Obrigado Cilene por ter nos enviado esse material maravilhoso sobre as pesquisas realizadas pela UNISUL em Alvaiázere. Continuem o bom trabalho. Nós do Para Arkeologos adoramos seus trabalhos.

      domingo, 21 de julho de 2013

      Os 10 sítios mais importantes da Arqueologia Ibérica.

      m
          

      Segue abaixo os considerados 10 sítios mais importantes da península ibérica. É sempre bom saber o que nossos irmão estão fazendo!

      1. veja páginaMérida, cidade romana , Extremadura, Espanha.

      2. veja páginaArte paleolítica de Foz Côa, Douro, Portugal.

      3. veja páginaAtapuerca, Burgos, Espanha.

      4. veja páginaLeceia, povoado calcolítico, Estremadura, Portugal.

      5. veja páginaMértola, aldeia-museu, Guadina, Portugal

      6. veja páginaCastro de Briteiros, Portugal

      7. veja páginaConímbriga, cidade romana, Portugal

      8. veja páginaCromeleque de Almendres e Anta da Zambujeira, Alentejo, Portugal

      9. veja páginaGrutas de Altamira e a sua Arte Rupestre, Espanha

      10. veja páginaMuseu de Sevilha e Ruínas de Itálica, Andaluzia, Espanha.

       

      Link: http://arqueo.org/top-10/index.html

      EU QUERO SER ARQUEÓLOGO! E DAÍ? PARTE I

      Ilustração Iris Machado                                                             


      EU QUERO SER ARQUEÓLOGO! E DAÍ?

      Olá Galera do PARA ARKEÓLOGOS,

      Estou escrevendo pois sei que há muita gente que se questiona. Eu quero ser arqueólogo, mas como eu faço?
      Bom há duas vias pelas quais uma pessoa normalmente se torna arqueólogo (ao menos aqui no Brasil) elas são:

      A tradicional no qual a pessoa faz uma graduação (qualquer área) e depois um mestrado, ou se já for pós-graduado, um doutorado na área. Normalmente contemplando a área da qual o estudante vem. Tipo se a pessoa vem da geografia normalmente ela vai para Geoarqueologia e assim por diante. A partir desse ponto ela ganha uma especialidade dentro da Arqueologia (Bioarqueologia, Arqueologia Histórica etc.) e com o tempo, experiência e minicursos ela vai aprendendo o ofício básico de outras áreas da Arqueologia.
      Darei um exemplo:
      Um pós-graduado em Arqueologia Histórica ao sair em campo normalmente precisa em sua equipe um pós-graduado em Arqueologia Pré-Histórica para que, caso seja uma área promissora em vestígios pré-históricos e encontra líticos e cerâmica, estas possam ser devidamente analisadas e coletadas, caso sejam necessários. Por que isso acontece? Porque ele(a) tem pouco ou as vezes nenhuma experiência no assunto. Claro que como já havia dito antes este quadro pode e normalmente é revertido. Só que não através do programa de estudos ao qual ele escolheu e que é específico a área dele(a).

      Por outro lado há a graduação em Arqueologia, que é nova e, procura se firmar ante a acadêmia e mercado de trabalho. Normalmente na graduação se tem uma visão ampla sobre o que é Arqueologia e suas diversas facetas, cursando diversas disciplinas das várias áreas da Arqueologia com especialistas de cada área. Por exemplo aqui em Sergipe cursamos 6 de pré-história, 3 de bioarqueologia, 1 de ambiente aquáticos, 3 referentes a histórica 2 cadeiras de prática de campo e outras de laboratório, uma preparatória para campo, sem contar as disciplinas extras referentes a expansão de um conhecimento específico que o aluno queira (optativas e eletivas), além de Antropologia, Geologia e Paleoclima, Geoarqueologia e outras que provavelmente estou esquecendo num curso que dura 4 anos sem contar as diversas oportunidades de estágio. Então a ideia é formar um profissional que esteja preparado para o mercado ou para a acadêmia com um amplo conhecimento na área.

      Os cursos têm em média 10 anos de existência e muita coisa ainda precisa ser repensada e vista, mas é inegável que o aluno sai com uma visão ampla sobre o que é Arqueologia. Esse profissional normalmente tem ideia de como proceder com as diversas situações que se apresentam em campo não só aquelas ao qual se especializaram.

      Claro que, com a graduação várias discussões surgiram sobre sua função, e divergências apareceram chegando ao ponto onde há os que a defendem aos que são contra, por diversos motivos que vão de uma demanda de mercado, a dúvidas sobre qual o papel da Arqueologia e como a graduação se encaixaria nesse cenário, mas cada vez mais arqueólogos da graduação ganham mais espaço mesmo tendo que passar por certos obstáculos que vão de comentários infelizes até mesmo a diferença de salário entre grupos (grupos lê-se arqueólogos da graduação e arqueólogos não graduados e com pós na área) que são profissionais da mesma área
      Isso também não impede de você fazer graduação em Arqueologia mesmo tendo outra formação. O que não apoiamos é que alguém trabalhe em Arqueologia sem uma formação adequada. Achando que por quê cursou uma disciplina de Arqueologia em algum curso de humanas e participou de uma escavação o torna arqueólogo. Isso no passado era necessário, mas os tempos são outros e as demandas mudaram temos que acompanhar tais mudanças. Patrimônio, aquilo com o qual o arqueólogo defende e estuda, é algo que não pode ser tratado de qualquer forma, é necessário muito estudo e cuidado, pois as futuras gerações só terão acesso a essas se o profissional que lida com isso souber da importância e como trabalhar com a mesma.

      Bom! Você quer ser arqueólogo? E daí?... E daí, mãos a obra! Abaixo segue uma lista com os cursos de graduação em Arqueologia no Brasil.

      Ah e Arqueologia ou a profissão tem pouco haver com os filmes isso é só ficção, mas nós nos divertimos com eles também!

      Graduação :

      Universidade do Estado do Amazonas (UEA) – Iranduba – AM
      Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) – Recife – PE
      Universidade Federal de Rondônia (UNIR) – Porto Velho – RO
      Universidade Federal de Sergipe (UFS) – Laranjeiras – SE
      Universidade Federal do Piauí (UFPI) – Teresina – PI
      Universidade Federal do Rio Grande (FURG) – Rio Grande – RS
      Universidade Federal do Vale do São Franscisco (Univasf) – São Raimundo Nonato – PI
      Pontifícia Universidade Católica de Goiás (UCG) – Goiânia – GO
      Universidade de São Paulo (USP) – São Paulo – SP (Previsto para 2015)
      Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) – Rio de Janeiro – RJ



      Prestem atenção, pois virão algumas entrevistas com pessoas que estão trabalhando como arqueólogo para que você entenda o mercado de trabalho e a posição do arqueólogo como profissional e suas relações com seus colegas das diferentes áreas das quais chegaram a Arqueologia.

      Também entenderemos como anda certos processos e dificuldades para legitimar Arqueologia em âmbito acadêmico na graduação e como os estudantes estão se organizando a nível nacional.

      Comentários. Curtiu. Divulgue e nos ajude a manter o nosso trabalho.

      Saudações Equipe Para Arkeologos.